quinta-feira, 28 de abril de 2011

Efeito chocolático

fonte: http://gartic.com.br


Depois de duas semanas sonhando com chocolate e repetindo o mesmo pedido para meus pais, avós, tios e padrinhos e uma estranha na esquina (estava desesperada), recebi muito, muito mais do que esperava. A quantidade me enlouqueceu, eu tive uma visão paradisíaca, um mar cor de rosa, papéis cor de rosa dos bombons que comi. Passei o dia trancada no quarto comendo bombom. Cada um comido era mais uma gota no meu mar. No fim da noite, minha mãe invadiu meu quarto e percebeu meu devaneio. Recebi castigo e perdi dois dias de aula, meu pai disse que ia mudar minha cama para o banheiro, até parece que ia caber! E acho que estou desidratada. Nunca mais irei comer chocolate.

sábado, 23 de abril de 2011

Não foi tão TRI

Como podem perceber, nada aconteceu em minha vida. Nada do tipo que a maioria fica esperando. Mas vamos por que assim não dá. Sabe um sinônimo para sem dinheiro? Estudante!
Minha família tem um pequeno armazém, daqueles que se encontra em Santo Cristo, no qual se conhece praticamente todos os fregueses e com certeza todos os fregueses te conhecem (me lembrei do dia em que fiquei "mocinha", mas deixa esta história para outro post). Armazém do tipo que a minha família tem significa trabalho para burro, dinheiro para nada, mais uma vez, nada do tipo que alguns esperam. É tanto trabalho que nem minha mãe e nem meu pai tiveram tempo para ir renovar meu cartão escolar e minha mãe resistiu a minha oferta: tu não vai ir sozinha, não. Mas como eu disse, dinheiro para nada e vai muito em passagem, só não sei para onde vai os aumentos no valor -- e aposto que tu também não --, o bolso falou mais alto.
Peguei a papelada que meu pai me entregou e os 22 reais que minha deu e fui. Fui tão depressa que nem passei no banheiro antes. Quando cheguei no Centro, fui direto para o shopping Rua da Praia. Na volta, não tive como não notar a frente das Americanas. Um ovo de páscoa mais bonito que o outro, e como boa guria de tpm só pensei: CHOCOLATE. Só que antes tinha que ir renovar o cartão. Depois de meia hora na fila chegou a minha vez. Tudo muito bem até pagar a renovação: 16,20!!! Sério?! Isso deveria gerar lucro? Por que só colaram um adesivinho no cartão, não foi nem um novo! Praticamente só sobrou o suficiente para a passagem de volta. E para piorar descobri que nem creditam o valor de 12 passagens que eu paguei.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Oi, meu nome é Flor

Oi, meu nome é Flor,
esta é a forma como encontrei para desabafar. Como se não fosse ruim o bastante essa época de transição de um estágio para o outro da vida, nada acontece na minha vida. É sério! Sempre que encontro alguém que não vejo a algum tempo, me perguntam: E aí, alguma novidade? Porcaria de pergunta, parece uma forma de te fazer se sentir uma pobre coitada. Sei lá, parece que todos ficam esperando que tu conte sobre uma aventura sexual ou uma catástrofe na família tipo minha mãe matou meu pai depois que encontrou ele dormindo com minha vó, ou então uma super viagem. Certas perguntas parecem me perseguir.
maylsontecladista.blogspot.com

Todos os anos, no primeiro dia de aula a professora de Língua Portuguesa nos manda fazer o mesmo trabalho. Uma redação. Não uma redação qualquer, mas aquela frustrante redação sempre intitulada minhas férias de verão. Não vou discutir sobre a razão desprovida de imaginação e consideração de uma pessoa supostamente culta propor aos seus alunos a escrever todos os anos sobre suas férias. A única coisa a dizer é: eu sempre invento minhas férias.
Minha família viaja raramente, muito raramente. Isso se essas memórias não forem fruto de uma fantasia recorrente de férias. Com exceção dessas poucas vezes, ficamos em casa, nos divertindo a custo da imaginação. E eu adoro. O que me frustra é a tortura psicológica licenciada pelo Governo, vulgo: redação sobre as férias de verão.
Meus colegas sempre tem histórias para contar da praia, do sítio do tio e, alguns, da enésima prisão do pai. Apenas uma vez contei a verdadeira férias que tive e o "ai, coitada" ainda ecoa na minha mente.
Bem vindo à minha vida, qualquer semelhança com a tua talvez não seja mera coincidência.